Tecnopatologias: Vício em redes sociais

Quantas vezes você se sente ignorado ao iniciar uma conversa com alguém, que deixa de prestar atenção em ti para responder as mensagens no celular?

Pois é, o comportamento compulsivo de ter que verificar o smartphone constantemente à procura de mensagens, likes, entre outros, pode estar associado a algumas patologias relacionadas à tecnologia – as tecnopatologias.

Onde quer que esteja, em uma roda de amigos no bar ou em uma reunião de família, tem sempre alguém de olho “grudado” na tela do celular. Esse hábito é o Phubbing, termo criado em 2013 por Alex Haigh, estudante de publicidade da Universidade de Melbourne, na Austrália. Phubbing é a junção das palavras “phone” e “snubbing” – “telefone” e “esnobar”, em inglês , e seu significado é bem autoexplicativo: o ato de esnobar alguém olhando para a tela do celular.

De  acordo com as conclusões de uma análise realizada pela Guess What Comunicação, com a participação da empresa Evidentia marketing e a agência de comunicação espanhola Torres & Carrera, com o intuito de analisar o comportamento online de portugueses e espanhóis, patologias como a Apneia do WhatsApp (ansiedade por consultar mensagens de maneira compulsiva), a Depressão do Facebook (necessidade de ver perfis de outros usuários como forma de reduzir a tristeza ao recordar momentos felizes do passado), a Síndrome do Google (o cérebro não consegue se lembrar e esquece dados como consequência do uso frequente de motores de busca) e a Hipersensibilidade eletromagnética (transtorno neurológico que afeta algumas pessoas que reagem perante as radiações eletromagnéticas não ionizantes que são emitidas pelos telefones celulares ou antenas de rádio), fazem parte das novas condições psicológicas que podem ser ocasionadas pelo uso inadequado das novas tecnologias. 

Vale lembrar que o uso equilibrado das novas tecnologias proporciona novas conexões cerebrais e favorecem novos métodos de aprendizagem. Contudo, o seu uso desordenado  causa as tecnopatologias, que estão a um passo de serem consideradas doenças reconhecidas, pois transitam em uma linha tênue entre a patologia catalogada (DSM, CID-10) e as “manias” pessoais.

Como dito acima, essas condições ainda não são reconhecidas no meio médico, mas o uso desordenado do facebook, WhatsApp, etc. pode interferir de forma negativa nas relações interpessoais e provocar tolerância (aumento progressivo do tempo de uso em busca de satisfação) e sintomas de abstinência, semelhantes aos que são encontrados em pessoas adictas (viciadas).

Você se identificou com o conteúdo do artigo? Nota alguma semelhança com os seus hábitos ou com os de alguma pessoa conhecida? Lembre-se, a tecnologia veio para nos proporcionar conhecimento, facilitar a comunicação, nos conectar e nos deixar mais bem informados, etc. A sua utilidade é grande, mas é como diz o ditado: Em excesso, até remédio é veneno!

Fontes: M&P

UOL Estilo de Vida.